A Raiva da velha elite
Os históricos 'donos' do Brasil hoje sentem-se inseguros. E eu não estou falando dos trabalhadores do dia-a-dia, que dão duro, mas sim, daquela velha elite, a mesma que quis vender o Brasil e hoje veste roupa de cordeiro.
Se o Brasil tivesse um gráfico geral, seria de ascenção. O crescimento econômico em função do aumento do crédito, do aumento do investimento no setor produtivo e do consumo interno seria uma ponta, e a queda crescente da miséria e da pobreza seria a outra.
Por outro lado, ainda temos um país onde a educação continua precária. A educação pública - ensino fundamental e médio - do Brasil não oferece futuro seguro nem perspectiva alguma. Os gradativos investimentos são apenas paliativos, que a curto-prazo são importantes, porém, e quanto ao longo?
Esses paliativos, os quais ainda achamos insuficientes, para a velha elite já são a gota d'água. Quando os grandes fazendeiros e investidores do capital improdutivo imaginariam que seus filhos, criados nas melhores escolas estrangeiras, iriam dividir salas numa universidade pública, ou até mesmo privada, com os filhos do pedreiro que construiu sua mansão e o cortador de cana que produz sua riqueza?
O que consideramos paliativos são considerados por estes como esmola, caridade, preconceito - como é o caso das cotas - e desperdício de verba pública.
Mas o que realmente a velha elite gostaria para o Brasil? Não me leve a mal, caro leitor, mas essa velha elite não quer mais do que ter de volta seus bons e aconchegantes privilégios de antes.
Ivan Prizon
4 comentários:
Elementar, meu caro Watson. O cão nunca quer largar o osso - esta máxima define este sistema baseado na propriedade, que é o capitalismo.
No Brasil, a situação é agravada pela formação histórica das elites (e Raymundo Faoro destaca como se deu o domínio das esferas políticas por tais famílias aristocráticas).
Todavia, interessante notar o novo momento histórico que presenciamos. De fato, uma singela mudança há.
Olá Ivan, Vitor e Ana,parabéns pela iniciativa, se uma parcela maior de nossa juventude tivesse a vossa percepção da realidade, estaríamos avançando mais rapidamente. Mas tenho certeza que faremos as transformações que o Brasil precisa, seja na Educação ou em outras áreas,com maior ou menor velocidade, mas voltar atrás, nunca mais. vida longa ao Coerência Relativa. Abraços, Beto Vizzotto.
"Os históricos 'donos' do Brasil hoje sentem-se inseguros"
HAHHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHHA
cara... piada... inseguros? continuam no mesmo lugar, meu amigo: dentro do aparelho do Estado.
Isso sobre o que voce fala é uma espécie de "american dream" brasileiro.
"Não me leve a mal caro leitor, mas essa velha elite não quer mais do que seus bons e aconchegantes privilégios de antes de volta!"
Me responde: quais privilégios que a velha elite perdeu?
O que temos hoje, meu caro, é um continuísmo. Para o mal ou para o mal.
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